MATUTO CLASSUDO

Lá pras bandas do sertão

Na terra dos poetas...

Nasceu um menino sambudo

Hoje homem feito, matuto metido a classudo.

Menino eu sei a sua história

Conheço bem essa gente...

Cresce feito gado solto no pasto

Agora se mete a inteligente.

Todo metido a garboso

Com olhar atraente...

Joga charme e sorrir

Cai-se na rede de repente.

Quando me apercebi

Estava toda enrolada...

Sem fazer esforço pra sair

Cada vez mais a rede colada.

Nem sou peixe, nem nado!

Fui fisgada por um anzol

Trazida à tona da vida

Abrindo-se em flor girassol.

Menino você tem azougue

Ou ímã que me atrai...

Sigo feito sonâmbula...

Braços rígidos, num abraço se contrai.

Fátima Feitosa
Enviado por Fátima Feitosa em 26/06/2008
Código do texto: T1052327
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