O dia que busquei a felicidade

Certo dia, parei e pensei;

Ah muito tempo eu não consigo sonhar!

Talvez por isso minha vida tenha tomado um rumo tão incerto.

Sinto que estou atravessando sozinha um enorme deserto.

Já sei...! Vou a felicidade procurar,

Mas há um problema, por onde vou começar?

Peguei o carro e fui andar pela cidade.

Olhei para todos os lados e não consegui encontrar.

Vi crianças, jovens e velhos todos sorrindo no parque.

Estacionei o carro e tentei entender o motivo de tanta felicidade.

Observei que uma criança arrancava uma pequena flor para entregar a sua mãe, e como um gesto de gratidão, ela recebeu um sorriso, um abraço e um beijo.

Perguntei-me: Só isso? Por que tanta alegria por receber uma simples flor?

Continuei observando e vi duas jovens moças, acho que da minha idade e percebi que elas eram muito amigas.

Conversavam alto, sorriam de alegria e mesmo assim eu ainda não entendia.

Elas falavam de amores, sonhos, alegrias, desejos e desilusão. Notei que houve momentos em que elas diziam uma para a outra aquilo que estava no coração.

Nesse momento comecei a captar o que seria a felicidade. Mas eu não queria admiti que fosse algo muito simples, pois eu desejava que a resposta fosse algo grande, que me colocasse um desafio de superar barreiras.

Então desanimada por não ter a resposta desejada, fui andando em direção do meu carro e notei um casal de idosos sentados sobre a grama, ele segurava a mão dela e mesmo conversando, sorriam um para o outro.

Não compreendi do porque minhas lagrimas caiam, então decidi pergunta a eles, chorando eu dizia: Senhor...! Pode me dizer aonde a felicidade vou encontrar?

E com um belo sorriso ele me respondeu:

“Nas coisas mais simples da vida...”.

Mas isso eu já sabia, voltei indignada para o carro. Eu esperava respostas como: Salte de pára-quedas, faça trilha, viva a vida adoidada, saia na rua e faça um racha, essas coisas que tem adrenalina e tudo mais.

Voltei pra casa, deitei em minha cama e comecei a pensar no que aquele senhor havia me dito.

Foi quando tudo começou a fazer sentido.

Felicidade esta em pequenos gestos, como demonstrar o seu amor à alguém.

Pensei na criança com sua mãe.

Felicidade esta em partilhar o momento, consolar e saber que você é importante na vida de alguém.

Pensei nas duas amigas.

E por ultimo vi que felicidade é olhar pro agora e ver tudo que você conquistou e que se voltasse no tempo, faria tudo novamente para chegar onde está.

Pensei no casal de idosos.

È ISSO! Disse a mim mesma.

Como fui tola, são os mais simples gestos, os breves momentos e a companhia que fazem à diferença.

Corri para a garagem, peguei o carro acelerei em direção ao parque, furei o sinal vermelho, atropelei os trilhos do trem, quase subi na calçada. Tudo isso pra agradecer ao simpático senhor. Apesar de eu sempre saber a resposta, eu precisava ouvi-la de alguém pra entender realmente.

Andei e corri pelo parque inteiro a procura daquele senhor, mas não o encontrei.

Ah... Descobri outra coisa naquela tarde, que eu preciso fazer exercícios.

Nossa como estou sedentária!!!

Não quis perde tempo, sentei na grama, peguei meu celular e liguei para uma amiga que mora em outro estado, lá na minha terra natal (Roraima) e que não à vejo faz um bom e longo tempo.

Gastei todos os meus créditos falando com ela.

Mas quem se importa?!

Pois naquele momento eu fui super feliz!

Bom aprendi com isso tudo que não se deve esperar a felicidade bater na sua porta.

Ela esta no simple olhar, falar, sorrir, cantar, tocar.

Nas coisas e pessoas que você nem imagina, você pode encontrar!

larissima
Enviado por larissima em 12/06/2008
Código do texto: T1031412
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