LITURGIA







No Fundo da minha rua

Vê-se a lua ofegante

O clamor do lago solitário

E um universo infindável



Subúrbio

Uma escola de música, que canta seus rituais...

Almas que aplaudem

E cantam alto a cada dia

Farrapos de vozes se misturam no monumento

Num intemporal litúrgico, flagelam-se...

É a ciência ou a religião?

Que pulsa no peito desses irmãos de fé

Qual deles cruzará a fronteira

Talvez não saibam!

Mas tudo pode mudar-se

Até mesmo sem se pressentir

O muro é alto...

Mas quando se têm asas nada é impossível!...
Não se pode assustar-se

Com tal blasfêmia

Os pensamentos são mesquinhos

E as palavras são solúveis.