Poesia nossa de cada dia

Deixem vir a poesia
Linguagem divina
Que brota do fundo dos nossos corações
Filha de musas
Sopros de fé e ilusões
Papoilas de searas virgens
Lágrimas libertadas
De sombras da noite flageladas
Mantos rendilhados
Tecidos de ricos fios
Vindos do tesouro do fundo do mar
Pelas manejos da espuma das ondas
Que deslumbram
Véus diáfanos que no céu se avistam
Enrodilhados em cores
de delírios suaves e ondulantes.
Música que agiganta o firmamento
E cai sobre a terra
De magistral compositor
Que nem o vento consegue assombrar
Senhor do canto e do lamento
que se cala para ouvir os louvores.
Deixem desabrochar a poesia
“O sol que ilumina matas virgens”(a)
Da terra do mar da serra da aragem
Do coração do homem
Quer chore quer cante
“Quer fique sentado sem falar” (b)
Deixai-a
Ela se vestirá de palavras
Respeitai-a, que ela nem vos veja
Se a quereis pura linguagem divina
Filha de musas
“Sem que seja o rebentar látego da desgraça”(a)

 De t,ta
14-03-08
13.07

Por ser o dia nacional da poesia e do aniversário do grande poeta Castro Alves cito em (a) duas linhas com palavras suas e uma linha em (b) do grande poeta Sebastião da Gama dois grandes  líricos  apaixonados pela natureza.
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 14/03/2008
Reeditado em 14/03/2008
Código do texto: T900479
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