MULHER
Hoje é dia de brincar
de faz de conta...
Deixa o fogão,
o tanque ,
o quintal
A lata na cabeça,
a trouxa,
o avental.
A miséria,
a dor
a doença
as contas
as petições
os projetos
o hospital
O giz
os relatórios
o computador
A máquina
a enxada
o ferro.
Hoje tu não serás escrava do labor
Também não serás escrava de teu amor
Finge ser surda,
não escute os berros!
Escuta apenas a voz de teu coração
Só assim poderás desfrutar a emoção
Esquecer do mundo o seu lado perverso
E ser neste dia a ti consagrado
A mais querida—
a rainha do universo!
Benvinda Palma
Hoje é dia de brincar
de faz de conta...
Deixa o fogão,
o tanque ,
o quintal
A lata na cabeça,
a trouxa,
o avental.
A miséria,
a dor
a doença
as contas
as petições
os projetos
o hospital
O giz
os relatórios
o computador
A máquina
a enxada
o ferro.
Hoje tu não serás escrava do labor
Também não serás escrava de teu amor
Finge ser surda,
não escute os berros!
Escuta apenas a voz de teu coração
Só assim poderás desfrutar a emoção
Esquecer do mundo o seu lado perverso
E ser neste dia a ti consagrado
A mais querida—
a rainha do universo!
Benvinda Palma