Dos “enta”
Quarenta anos,
mais uma primavera,
calor, frio, ventos e tempestades.
Flores nas ruas, nas matas e nos campos.
Tempo de semear, de sonhar,
de olhares no horizonte
perdidos na angústia da incerteza,
alegres na esperança da colheita.
Minha vida é como esta primavera.
Meu olhar se projeta ao futuro,
mergulha na paixão
que emerge das incertezas
e retorna como um raio de luz
que desponta em meio
às nuvens gris.
Tempo de mudar,
de amar,
de ensinar.
Tempo de cuidar do presente.
Tempo de colher o passado.
Tempo de sonhar o futuro.
08/12/2003