CARNAVAIS

Muita euforia, pouquíssima razão, muitos pés, para poucas sandálias...

Carnaval, antídoto passageiro contra diversas fomes, as pestes sociais!

Carne pouca dançando sob os ossos fuga da realidade ilusão refratada.

O bloco do povo dança as metáforas, carnaval é paralogismo, hipérbole,

As marionetes sambam, pulam ao som das quimeras da vida, sofismas!

E, a, quarta-feira de cinzas, os santifica, alforria..., e, lhes vesti o hábito!

E..., o que foi sangue sobre o asfalto, os cálices, derramando os licores,

Irreflexão, histeria coletiva atos e emoções, máscaras cozem na panela.

 

A máscara sobrepõe-se às máscaras, todos brincam felizes nesse circo.

E, os filhos dos carnavais, antonomásias machistas, os, filhos das putas,

É igual clichês da folia, prosopopéias e, gatos cantam de galo no terreiro.

E..., em cada trio e cada bloco, Zumbi..., apara, as arestas das senzalas...

Tempero e alquimia, transmutação do ser, vassalos põem a coroa do rei,

Reinam seu reinado e, na quarta-feira, são imagens de Judas Iscariotes!

E Momo desprende as antíteses da parede a realidade despiu a fantasia.

E o povo, volta, ao seu habitat natural, batuca lixeiras e, canta os refrões...

Albérico Silva

 

 

 

AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 03/03/2025
Reeditado em 08/03/2025
Código do texto: T8276363
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