Carne e aval

E que o aval da carne

nunca me desarme.

Posto que também sou alma,

que se mantém calma,

sem fazer alarde.

E que a libação

receba - de mim - portentoso não,

sem que o negar me sufoque

- embora eu saiba que o toque

é o esplendor da ação.

Que a brincadeira ilusória,

efêmera em sua trajetória,

seja d’outros, não minha.

Não faço do picadeiro a rinha

que finda em bebedeira inglória.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 01/03/2025
Reeditado em 01/03/2025
Código do texto: T8275281
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