Barca Solitária

Estava só com seu pensar,

Num pernoite bem friorento,

Sentia a dor do abandono,

A praia estava tão deserta.

Alguém a havia azulado,

Era navegação bem-amada.

Tinha flor em sua borda,

Nunca se imaginou à deriva.

Um dia sonhou ser amada, amar,

Jamais se viu estar ao relento.

Nunca pensou ser uma sem dono,

A ilha a deixava desperta.

Turistas a desejavam no translado,

Era, na travessia, tão cobiçada,

Na beirada, todos lhe davam corda,

Teve seu tempo de ser ativa.

Orvalho do Céu
Enviado por Orvalho do Céu em 02/02/2025
Código do texto: T8255774
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