Barca Solitária
Estava só com seu pensar,
Num pernoite bem friorento,
Sentia a dor do abandono,
A praia estava tão deserta.
Alguém a havia azulado,
Era navegação bem-amada.
Tinha flor em sua borda,
Nunca se imaginou à deriva.
Um dia sonhou ser amada, amar,
Jamais se viu estar ao relento.
Nunca pensou ser uma sem dono,
A ilha a deixava desperta.
Turistas a desejavam no translado,
Era, na travessia, tão cobiçada,
Na beirada, todos lhe davam corda,
Teve seu tempo de ser ativa.