Oitenta anos
Como é sublime contemplar
na âncora do tempo
no inverno
no calor de cada manhã
aquecendo o coração
no agita da caminhada
no farfalhar das folhas que espalham-se ao chão
transformando estradas que chegam ao nobre coração
trocando as vestes de cada temporada
sentindo o pulsar das passagens dando ritmos ao viver
celeiro do tempo que alberga tantos sonhos
com a florada na árvore do amanhecer
a continuar com uma colheita mais criteriosa
sábios dias que tecem a alvorada
Ah! Oitenta anos de tanta contemplação
guiado pelas mãos de Deus
como é salutar ter você como irmão
Ao meu irmão Marcos.