Ser professor é navegar contra a maré,
num mar agitado de telas e distrações,
onde o saber luta para se manter de pé,
entre a indiferença e as rápidas conexões.
É enxergar além dos rostos cansados,
das mãos que seguram, sem força, o caderno,
é transformar o desânimo em fôlego renovado,
mesmo quando o salário é seco, pequeno, eterno.
Ser professor é enfrentar o silêncio feroz,
da sociedade que esquece quem ensina,
é ser a voz que insiste, dia após dia,
na esperança de que a semente germina.
Mas também é ser o porto seguro,
onde o carinho dos alunos floresce,
num abraço apertado, num sorriso puro,
que, entre as durezas, ainda aquece.
Mesmo em meio à violência crescente,
onde o medo às vezes invade o olhar,
o professor resiste, segue em frente,
sabendo que há corações para tocar.
Ser professor é mais que lições no papel,
é moldar vidas, é sonhar alto,
é ser farol em meio ao caos digital,
mesmo quando o reconhecimento é raro e falho.
E no meio dessa luta, há amor profundo,
o afeto de alunos que ainda enxergam,
no professor, um herói desse mundo,
que, com dedicação, as almas despertam.
Ser professor é, enfim, resistência e missão,
é carregar o futuro nas mãos, com paixão.
Ser professor é facilitar o conhecimento
É possibilitar um novo olhar, um novo mundo
Ser professor é ser humano também
Com suas falhas e correções
Com seus sonhos e reflexões
Ser professor é ser único, é ser singular!