ZUMBI DOS PALMARES (O CLAMOR PELA LIBERDADE)
Oxum será o meu eterno protetor;
Pela liberdade eu caminho;
Da luta refaço o esplendor;
Sofrimento que emergiu do jugo torturador;
Minha alma clama pela liberdade;
Iemanjá me guiando pelas ondas desta labuta;
Não me renderei ao suplício;
Tampouco me farão refém do medo;
Eu clamo pela liberdade;
Jamais me tornarão refém do medo que ecoa em desvalidos corações;
Me refugio em minha luta;
O suor que está em minha face;
Cativo jamais serei;
O medo que outrora aprisionava o meu destino;
De todas as direções postas em minha;
Desistir jamais será uma opção;
Da liberdade eu canto uma doce e leve canção;
De amores opostos e recompostos;
Aruanda desponta como o horizonte de anseios e preces;
Caminhando pelas ondas com Iemanjá;
Ogum me protegendo de martírios e suplícios;
Pela liberdade eu caminho;
Lutando e desbravando os passos que ecoarão;
No mais profundo sentimento da raça humana;
Pela liberdade eu caminho;
Destruindo as amarras que outrora fostes;
O flagelo de corpos e almas;
Existir e resistir;
Em nome da luta de toda a labuta;
Construa a História;
De nossa resistência e existência;
Eternos guerreiros contra escravidão;
Nossas vozes e lutas;
Para sempre ecoarão.