ZUMBI DOS PALMARES (O CLAMOR PELA LIBERDADE)

Oxum será o meu eterno protetor;

Pela liberdade eu caminho;

Da luta refaço o esplendor;

Sofrimento que emergiu do jugo torturador;

Minha alma clama pela liberdade;

Iemanjá me guiando pelas ondas desta labuta;

Não me renderei ao suplício;

Tampouco me farão refém do medo;

Eu clamo pela liberdade;

Jamais me tornarão refém do medo que ecoa em desvalidos corações;

Me refugio em minha luta;

O suor que está em minha face;

Cativo jamais serei;

O medo que outrora aprisionava o meu destino;

De todas as direções postas em minha;

Desistir jamais será uma opção;

Da liberdade eu canto uma doce e leve canção;

De amores opostos e recompostos;

Aruanda desponta como o horizonte de anseios e preces;

Caminhando pelas ondas com Iemanjá;

Ogum me protegendo de martírios e suplícios;

Pela liberdade eu caminho;

Lutando e desbravando os passos que ecoarão;

No mais profundo sentimento da raça humana;

Pela liberdade eu caminho;

Destruindo as amarras que outrora fostes;

O flagelo de corpos e almas;

Existir e resistir;

Em nome da luta de toda a labuta;

Construa a História;

De nossa resistência e existência;

Eternos guerreiros contra escravidão;

Nossas vozes e lutas;

Para sempre ecoarão.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 12/09/2024
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