243°
Todo poema pode ser o ultimo
Existe uma turbulência sem hora marcada
A qualquer momento o sistema vai dar pane
Todo dia sua vida acaba
Suas lagrimas marcam toda a casa
A tristeza é uma das suas graças
Suas paixões foram arrancadas
Seus desejos foram esquecidos
Nos grilhões da sua dor a morfina é a escrita
Ele escreve discriminadamente
Discriminando o amor que nunca sentiu
Todo poema é despedida
Para um coração em retalhos
Otreblig Solrac - O poeta burro