CHEGOU O NOVO ANO
Chegou o Ano Novo, Novo Ano
Mas o que significa mesmo isso?
Um tempo diferente sem engano?
De honrar todos os compromissos?
Um tempo de começar a malhar?
De enfim aprender nova linguagem?
De tirar da gaveta o sonho e viajar?
De desenhar uma nova tatuagem?
O Ano Novo, Novo Ano chegou
Na prática isso diz alguma coisa?
Além do calendário que virou?
Além de uma limpeza na coifa?
Eu poderia dizer que vou mudar
Ser mais próximo, mais família
Parentes distantes irei visitar
Sejam eles do Rio ou de Brasília.
O Novo Ano, Ano chegou Novo
Tenho metas, tenho meus planos
Não serei mais nenhum estorvo
Vou ser nômade como os ciganos
Mas será que isso faz sentido?
Fazer promessas simplesmente?
Sem ao menos ter bem refletido?
E encher de dívidas a própria mente?
Novo, chegou o Ano Novíssimo
Não quero ficar devendo nada
Nem a mim nem a você digníssimo
Portanto não farei juras malfadadas.
Paguei minhas contas de virada
Claro que algumas foram prescritas
Comi mais carboidrato que salada
E a poesia não foi por mim escrita.
Novíssimo o Ano está por aqui
Não lhe prometo nada radical
Nem lhe prometo renovação enfim
Só lhe garanto que repudio todo mal.
Não sei se escreverei novo livro
Nem se gravarei um novo disco
Só pretendo continuar bem vivo
E evitar desnecessários riscos.
ON ovo Noa, Nao chegou vono
Vida às vezes é confusa desse jeito
Espero poder agir sempre “pro bono”
Certo de que o mundo não é perfeito.
Por isso neste meu simples poema
Me isento de compromissos e juras
De projetos, planos e esquemas
Poupo-me dessas tais conjecturas.
Novo chegou Ano, Ano Renovado
Desejo que você viva sem o fardo
Das obrigações e ofícios pesados
Viva com leveza e será um felizardo.
Objetivos impossíveis e chatos
Deixe de lado para buscar o maior
Prometer e não cumprir é insensato
Mas querer o máximo é o melhor.
Feliz Ano Novo,
Aberio Christe