Entre cores, dores e louvores
Sempre obedientes aos seus senhores,
lutando contra os próprios temores,
aprendendo a lidar com os opressores,
pelo trabalho braçal, do Brasil são os formadores.
Desprezados nos bastidores,
ignorados em seus amores,
lidando com muitos terrores,
superando verdadeiros e falsos rumores.
No silêncio aprenderam a lutar com as dores,
por muitos considerados como infratores,
nunca foram recompensados mesmo sendo servidores,
até hoje são maltratados, como inferiores.
A Mãe Aparecida vem atender seus clamores,
Mãezinha negra que acolhe todos os sofredores,
espiritualmente, à vida devolve suas cores,
guia em meio às dificuldades e dissabores.
Nem tudo no cotidiano são flores,
muitas conquistas já trazem novos sabores,
mais ainda há lutas para superar os horrores,
a caminhada exige a ação de novos sonhadores.
Não há espaço para superiores,
menos ainda para inferiores,
discriminação e rejeição não são bons classificadores,
direitos humanos são precisos em todos os setores.
Alguns sucumbem entre opositores,
outros são quase que redentores,
tem aqueles fortes mediadores,
ao seu modo agem como inovadores.
É difícil descrever tantos anônimos vencedores,
todos os dias a vencer-dores,
da esperança acabam sendo semeadores,
ao seu modo, da pátria são salvadores.
São muitos os problemas desagregadores,
grandes são os esforços contrariadores,
porém o desânimo não abate os lutadores,
e com determinação continuam os labores.
Em novembro essas questões são motores,
todos precisam refletir sobre esses valores,
não é possível sermos meros espectadores,
Lutando bravamente contra os opressores.
Portanto, é preciso todos se unirem aos louvores e clamores.
(Poema feito para o Dia da Consciência Negra para o vídeo institucional da Faculdade João Paulo II (FAJOPA))