Manjedoura
A insana cigarra a mente desnorteia
Ondeia o canto de nostalgia, duvidoso
O lobo uiva, a natureza acusa e atesta
Na floresta, parda, branca ou amarela.
Cala-se e sem destreza à luz dos pirilampos
Trisca as asas, acasala, mas não casa
Admira a beleza e de novo em disparada
Anuncia o verão em plena na primavera.
No fundo do inconsciente grita a razão
O sol nos irá castigar mais uma vez
Não se importando se fez ou não fez
A lição que o Mestre nos livros ensinou...
É noite... Mas a noite não vem, é horário
De verão, estação da alegria, É Natal,
Nada igual a emoção que o Ano Novo
Nos traz, nos ditames dos velhos madrigais.