Ao Pai, Com Adornos do Passado
Na mansão do tempo, com detalhes dourados,
Em cada canto, memórias de teu abraço.
Por entre rendas e flores nos quadros pintados,
Ecos de tua voz, a guiar meu passo.
Teu semblante forte, retrato esculpido em mosaico,
Em salões de festas, nas danças e afagos.
Na elegância de um tempo, por vezes arcaico,
Nas tuas mãos, os sonhos que carregamos.
"Na sala de estar, aguardando o tempo",
Falaste de mundos, de sonhos e ventos.
E, nas linhas suaves das cortinas ao relento,
Vi o amor de um pai, em simples momentos.
Nos jardins floridos, sob o céu cor de anil,
Tua presença, como a de uma estátua central.
Com ornamentos e laços, num tempo sutil,
Celebro-te, pai, nesta data especial.