Dia 12 (Dos namorados)
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Que o dia de hoje
nos oferte o rubro e aveludado tapete
das nossas próprias paixões.
Que as próximas horas
sirvam de bálsamo,
alegrando nossos corações.
Que sejamos livres em nossas escolhas;
e estejamos enamorados da vida,
principalmente a plena e leve.
Que o dia de hoje
seja, acima de tudo,
a celebração do autoencontro.
Que exista o outro;
que cheguem os presentes,
sobejem as declarações de amor
- que deveriam ser diárias,
sem data marcada na agenda do celular.
Que aconteça o espanto da surpresa,
do carinho que emociona e reconquista.
Que taças brindem entre bocas...
E repiquem os tambores
- a dois ou na solidão consciente.
Que as flores sejam em tons de paixão:
rosas brancas, girassóis, lírios;
orquídeas, margaridas, azaleias, violetas.
Entretanto,
mais importante que a data de agora
- essencialmente feliz,
é todo aquele que comemora,
acompanhado ou sozinho (porque quis)
o valor de ser amado,
de dentro pra fora.
Porque amar não é capricho besta,
que se perde por um triz.