O PRECIPÍCIO

O menino quer fazer dever

Sem saber como fazê -lo.

E deixou para lá sua obrigação.

Falou sobre a novela, que foi a maior sensação.

Então, o professor chamou sua atenção.

O outro aluno, que de mudo não tem nada,

Saiu da sala sem pedir permissão.

Deixou para lá aquela equação

E foi conversar com a namorada

Que estava chorando.

Os pais a abandonaram e a menina

Agora reside na casa da avó.

Tenha dó!

Ela está prestes a ficar reprovada.

O receptor e o emissor

Aquele é meu professor.

Mas sempre há um aluno

Que pensa que a vida é como mágica,

Que é só ter tática.

A educação que temos no lar

É para guardar com amor.

A educação escolar não é só

Para guardar no caderno.

Você que não está estudando,

Que está nadando

Vai chegar em alto mar

E o tubarão... você já sabe,

Não adianta fugir

Foi você que quis assim.

Voltando ao menino do início,

Por que ele não soube fazer o dever ?

Porque estava rindo da velha Cotinha

Na história da revistinha.

Porque, enfim, estava fazendo tudo

O que não devia fazer naquele momento,

Sagrado momento:

A HORA DA EXPLICAÇÃO.

O menino agora está no precipício.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima )

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 15/10/2022
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