Rua Santa Clara, quanta saudade!

Infância querida

Ah! Que saudade que tenho dos tempos de criança

As manhãs eram alegres, o dia passava agitado

À noite, eu bem cansado deitava ao colo de meus pais.

Ah, que saudade que sinto das festas, lá do tempo

Em que eu ainda era um menino. Brindava a mãe natureza

Buscando em bandeirinhas tantas belezas

Que nem arco-íris seria capaz!

Que saudade dos almoços de domingos

Mesa farta cheia de alegria, em mim, era tanta felicidade

Que nem cabia mais! Quanta saudade daquele tempo

Da época das férias escolares, rua cheia de gente, cheia de vida!

Lembro-me bem dos carrinhos rolimãs, das brincadeiras

De pique-esconde, bandeirinha. Das bolas de gudes

Do pular corda nos quintais, das trocas de figurinhas

E, da tão sonhada hora do pera, uva ou maçã?

Lembro-me dos benditos dedinhos entreabertos

Que permitiam ver bem de perto, a quem queríamos beijar.

Saudosa infância querida, quantas amizades, quanta saudade!

Quantos sorrisos de crianças. Lembro-me dos namoros

Pelas esquinas, dos encontros marcados nas Festas Juninas

Do primeiro beijo quanta ingenuidade, quanta beleza!

E a certeza de que num dado momento

Uma ou outra mãe iria chegar na janela para gritar:

Chega! Já é tarde, vão para casa meninos.

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 11/10/2022
Código do texto: T7624929
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