Macaco?!
Daquele prato que se come frio,
Colheres cheias goela abaixo enfio..
Tô puto igual quando não transo.
Vingarei Zé Pequenos e Matias,
(Tolo!) Vou cortá-lo! No talo, em fatias..
Mais afiado que uma Hattori Hanzo.
(Ranço!)…
Se enganou, não sou o "seu negro"
Agora não adianta rogar, pedir arrego…
Borrar o rêgo. Eu dou de ombros.
Viva, viva a revolta, o complô!
Minha sanha contra sinhá, contra sinhô
… Depois eu fujo para o Quilombo.
Sim, agora sou eu que zombo!
Assombro, cobro Cabrais e Colombos…
"Zumbi", escrito a faca em tua testa.
Depois, aqui em "Morreba", Zanzibar,
Em Zimbábue, Zâmbia ou qualquer bar.
Vou me acabar, numa puta festa.
Diz: Quem é Idiota igual Seu Creisson?
Todo peludo e também sem beiço…
Com esse imenso par de orelhas?
Eu? Não! Teu espelho deve ser opaco,
Que me perdoem todos os macacos...
Mas é você que muito se assemelha.
O homem de neandertal não está extinto
Anda por aí em meio a nós retintos…
Bem disfarçado de homo sapiens.
(Pasmem!) Ele estampa um ar esnobe,
Está na lista da Revista Forbes…
Fuma Cohiba, até esquia em Aspen.
Mas é pra lá de atrasados, da idade da pedra,
Alma podre, a tudo depreda…
Filosofia suja e bárbara de viking.
Fantasiado de símbolos da Nova era
Mas não passa de uma besta-fera,
Fazendo ioga e lendo I Ching.
Conheço bem essa espécie de primata,
Rouba, estupra, mata, mata, mata
Desmata, desmantela e mente.
Seu negócio é sempre tirar vantagem,
Se comporta de modo selvagem…
Saiba, não é certo chamá-lo de gente.
Não passa de um mero macaco de imitação,
Do seu árido campo de criação…
Nunca veio bom fruto nenhum.
Queria mais braços que um Brahma,
Para dar-te dúzias e dúzias de bananas
Até aquelas de dinamite: Bum!!!