OUTONOS
O outono é até certo ponto, instigante e emblemático, intrigante e divino.
Como a pomba é símbolo da paz, o outono, é símbolo dessas deidades.
E, observa como as árvores, libertam, as suas folhas, ante-esta estação,
E vê como despi, e vestem, com os seus trajes de gala, os seus galhos!
Que, peculiarmente agradecem e parecem braços acenando à natureza.
Como mãos voltadas para o céu é como se estivessem todas em preces.
A agitar-se, sob o imperativo dos ventos, a, aparentar estar em romarias...
E conferem alguns desses parâmetros, diretrizes, para, as nossas vidas,
Destarte, abrimos nossas crisálidas, e despimos os casulos existenciais,
E, esses galhos, e, esses pares de asas, nos propiciam, os nossos voos...
A vida é como grandes outonos e os ciclos em nossas vidas os ratificam.
Os fragmentos dos nossos cotidianos, balouçam como folhas no outono,
Deificam as nossas alomorfias, e o tempo vão fazendo as suas análises...
E..., as alfombras que se deitam aliciantes galanteiam felizes com o solo,
Nessas alcovas, nas quais, as folhas gemem e os farfalhar é seus rituais.
E as vozes, que vêm desses ecos são as folhas falando de seus amores.
Quando cai nosso olhar dá uma festa parecem flamas queimando o solo,
Volúpia sedutora, ilumina a terra e o colorido desse ouro é metamorfose!
O sol, e as flores..., as chuvas..., e o outono..., essas são as referências!
Os outonos desvestem, as suas vestes, e é o gozo, intenso, da natureza.
Albérico Silva.