Adelpha Syma

Para que lugar deixaste ir o amor

Por teu corpo, tua alma e teu ser?

Ontem, amordaçada e silenciada,

Hoje, manipulada, és escrava ainda

E negas as conquistas alcançadas

Nos estereótipos que o modismo te impõe.

Nesse rebolar sensual e de forma superficial

Tua beleza se transforma em aparências...

E te permite secar tal qual cigarra após o canto.

Mas Adelpha Syma és, e tens nas asas o brilho do sol

Força mental e doçura no âmago que evoca.

Tua natureza é alfa e ômega, o divino está em ti...

Não te armes com artifícios de puro agrado

Tua força não está nos seios que pululam...

Não está na bunda arrebitada e refeita

Está na consciência de ser

Está na condição de se fazer

Mulher...

Camila Nascimento

São Luís, dezembro, 2011

Camilamsn
Enviado por Camilamsn em 08/03/2022
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