UMA DÉCADA DE RECANTO

No dia DEZ do DEZ fez uma década que aqui aterrissei

Um voo meio forçado, pois meu coração magoado

Já alguns meses vomitava palavras amargas...

Pois, estava muito, muito machucado.

Além de ter sido abandonado sobre estacas.

E o antídoto para findar a dor que o decepava

Foi arrancar do peito o amor que o matava

E as palavras foi o antídoto que o salvou.

Não só a ele, mas a mim também salvou.

Foram tantas palavras desferidas

Que a minha voz se esqueceu de como gritar

Os meus olhos se esqueceram de como chorar

E a minha alma se esqueceu de como lutar

E das tantas palavras desferidas....

Nasceu – VOCÊ – o primeiro texto que aqui postei...

10 de outubro de 2011, numa terça-feira.

E muitos outros textos vieram...

E juntos com eles vieram os leitores, as leitoras

As amizades, os carinhos, os amigos, as amigas

Parceiros e parceiras de versos e de rimas

E a dor que o meu coração decepava

Foi aos poucos queimando até virá cinzas.

Nesses dez anos de Recanto das Letras

Tenho muito, muito o que agradecer...

Talvez uma lista para não me deixar esquecer

De nenhum dos muitos leitores e leitoras

Que a minha escrivaninha visitou

Mas percebi que essa lista já fora feita

Pois todos/as que a minha escrivaninha viera

Assinaram o livro de visita...

Ao deixarem seus comentários, suas palavras

Palavras de incentivos, de admiração, de amizade,

De críticas, de correção, por que não?

Como também nesses 10 anos...

Vivenciei perdas, despedidas.

Algumas delas me deixaram sem rumo...

E por algum tempo deixei meu lápis em repouso

A poética na gaveta e a imaginação no calabouço.

E as palavras que há dez anos me salvara

Também as perdi quando me despedi abruptamente

Daquele que sempre fora meu esteio e fonte inspiração

Aqui no Recanto das Letras....

Mas não podia me esquecer, e continuei.

E durante esse tempo que estou por aqui...

E mesmo que pareça distante, e muitas vezes,

Até esquecida de tantas pessoas queridas

Que tive o privilégio de aqui conhecer

Quero que saibam: Só parece,

Pois sempre que a saudade me aperta

Eu venho caminhar por suas ruas e avenidas poéticas

E não pense que é uma vez na vida, são todos os dias.

Eu não abro mão da minha caminhada literária,

Aqui no Recanto das Letras!

Dizem que o mágico está nas respostas e não nas perguntas. Então: O que de mais precioso eu tenho no Recanto, além das minhas palavras? VOCÊ.

Você que aqui veio, passou, caminhou, pensou, criticou, opinou, sorriu, chorou? Espero que não. Mas se chorou que tenha sido de alegria, de saudade, de euforia....Que tenha sido porquê de alguma maneira as minhas palavras o/a abraçou, o/a beijou.

E quanto a mim? Ah, aqui eu chorei, ri, apaixonei-me por muitas poéticas que aqui são postadas, como por seus/suas criadores/as, digo isso porque alguns/umas literatos/as que aqui postam, gostaria muito que a distância entre nós fosse de um sorriso. Mas infelizmente ainda não é possível. Quem sabe um dia, eu não faço uma TURNÊ LITERÁRIA, por esse Brasil cheio de versos e rimas! – Como também aqui aprendi e vivi, e vivo, vivo a vida sob os adágios das palavras! – Por isso, que comemorar uma DÉCADA de muitas leituras e criações poéticas aqui com vocês, para mim é um presente muito precioso! – Obrigada leitoras, obrigada leitores, obrigada poetas, obrigada por todos os presentes poéticos, obrigada por todas as vezes que adentraram meu coração com suas poéticas, suas palavras! E que daqui a mais uma DÉCADA espero estar mais uma vez aqui dizendo obrigada, mais uma vez agradecendo, e comemorando com todos e todas vocês, é claro! OBRIGADA!

Canguaretama/RN, 19 de outubro de 2021

Edna Maria Pessoa
Enviado por Edna Maria Pessoa em 20/10/2021
Reeditado em 06/07/2022
Código do texto: T7367733
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.