La Madre
La Madre
Nem pensava em te talvez nem planejava
A vida quis assim uma visita inesperada
Tanta alegria sentir de medo ficava
Era complicado tudo aquilo enfim
Sobre essas coisas ninguém falava
Tantos sonhos sem fim
Cravos e espinhas ainda cultivava
Aos poucos tudo mudava em mim
Do nada eu chorava
Humor de montanha russa tudo brigava
Mudanças sem fim meu corpo cultivava
Dores, celulites, estrias, enjoo
Mamas gigantes colostro chorava
Barriga se distendia só pra apoio do braço prestava
Pés inchados grande cansaço e o amor só aumentava
Como amar alguém que nunca viu e aos poucos te deformava
Com carinho juntei os paninhos, fraudas e outras coisas que ganhava
O amor só crescia em nove meses ansiosa ficava
Iria nascer um anjinho meu anjinho fruto do amor
Que minha carne gerava dor, pranto, dor, desespero
Aos poucos la madre se dilatava era tanta dor aos gritos chorava
Então nasceu você algo pequeno lindo meigo que o amor
Que começou nove meses atrás dia a dia só aumentava
Quem era menina virou mulher, mãe, la madre.
Meus respeitos e carinho a minha mãe e todas as outras
Que do seu amor da própria alma arranca outro ser com felicidades.
Feliz dia das mães!
Ricardo do Lago Matos