Anjos
Asas cortadas voltam a crescer
Asas amarradas se soltam
Às vezes sem querer
Pregadas ou feridas
Foram feitas para voar
Na rebeldia inata
De quem veio 
Na calada da história
Pronta para causar
Não são pedaços de ninguém
Pertencem apenas a si mesmas
Únicas e insubstituíveis
A liberdade restituem
Quando se soltam
Alçam vôo
Num tímido rasante
Sobre o altar de sacrifícios
Leves como beija-flor
Anjo negro
Branco
Colorido
Multifacetado
Querubim ou demônio
Ponto de vista apenas
É o que menos importa
Na igualdade ou nas diferenças
Abnegadas ou revoltadas
Companhia de si mesma

                
 
Roseli Schutel
Enviado por Roseli Schutel em 06/03/2021
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