VERSIFICAÇÕES DO AMOR
Ah! O amor! Quantas maneiras de expressá-lo!
Tantos gigantes já propuseram sua asserção.
Desnudando a sua alma e o próprio coração,
Na ânsia louca de tentar, enfim, versificá-lo.
Dentre os poetas que ao amor se dedicaram,
Bernardo Soares eu aqui vou ressaltar.
Pois, como ele, poucos já manifestaram,
O puro desejo de ver “o amor se revelar”.
Seria um erro também deixar de aceder,
O Álvaro de Campos, outro grande expoente.
O “não idealista” que ousou reconhecer,
"Desejar o possível e amar o finito, infinitamente"!
Ricardo Reis, um desses poetas portugueses,
O que exaltou mais o"haver do que o ser".
Amou as rosas e o destino mais que aos Deuses.
E recomendou “ver o momento e o viver”
Pra não praticar uma singular descortesia,
Cito Alberto Caiero o defensor do verbo amar.
Valorizando o amor muito mais que à filosofia.
Defendeu a inocência e propensão a não pensar.
Em todos os poetas um elemento em comum,
O “fingidor” das grandes dores já sentidas.
Que sendo tantos no final era só um,
Com o eu lírico em identidades divididas.
Para poetizar toda a sua alma não daria,
Pra um só Fernando Pessoa numa só vida.
Fez-se necessário dividir esta honraria.
Pra publicar tão belas obras concebidas.
(Adriribeiro/@adri.poesias)