Palavra Escrita
Palavra Escrita
Tanto faz para o poeta
Caneta, pincel, pena, ou grafite.
O que importa é a escrita
Linhas compridas, verticais e tortas.
O poeta arrisca o palpite
Rabiscando palavras
Nas folhas brancas,
De papel sul fite.
Contando as silabas persiste
Pincelando vai o poeta
De linha em linhas...
Poesias, poemas, e versos brancos.
O Eu diz avança. A memória diz insista.
Dança a caneta nas linhas
Linhas curvas, linhas retas.
Ele no comando sem ateliê segue a pista,
A caneta faz a palavra escrita.
Nesta quimera a escrita depende da caneta.
A caneta arisca arrisca, de letra em letra
Risca, borderline rabisca...
A caneta em silêncio as palavras petisca
A caneta segue a risca.
De mão em mão a caneta se arrisca.
Com a caneta ou com grafite
O poeta persiste, fala, borda,
Costura, corta, monta, Dobra,
Grita, irrita, se irrita.
O poeta com as palavras insiste.
Com ou sem a ética, a métrica,
Cada palavra tem a sua reta
Cada poeta o seu estilo
Mas o verso, e a poesia
O papel é quem permite.
Feliz dia do escritor!
Poeta Rosa Leme.