Carnaval
Nas terras baixas
Carnavalescos festejam
O som nas caixas
Muitos sonhos desejam.
Ondulava com o vento
O vestido da baiana
Rodopio de sentimento
Do seu rosto emana.
A noite linda e reluzente
A dois mil e tantos anos
Esse brilho na passarela
Sem temer a ninguém.
A alegria da minha gente
Não importa como estamos
Faz a vida ser tão bela
A noite é dos pobres também.
Rugem os carros alegóricos
Seguem na contramão da vida
E os corajosos são categóricos
Espaçando com sua musa preferida.
E no momento da magia
As raças eram uniformes
A intolerância se esquecia
Com o prazer nos conformes.
(Paulo Winter & Valtencir de Oliveira Ferreira)