Meia-idade

Passei pela infância

Passei pela adolescência

Já fui balzaquiana

Hoje, cheguei aos quarenta,

(A famigerada meia-idade!)

Vivendo cada fase

Com toda paciência.

Sem pressa para nada,

Passo a passo caminhei

Formei, casei, engravidei,

E muito me diverti

Tive muitas alegrias

E também um pouco sofri

Mas é como diz o ditado

Tudo é aprendizado.

Vi meus irmãos graduando,

Trabalhando, casando

E sobrinhos me dando.

Vi filhos de amigos nascendo,

Vi meus pais envelhecendo

E pessoas próximas morrendo.

Mas a vida continua

Tenho sonhos a realizar:

Uma casa, um doutorado

E um filho a moldar.

Sonho em vê-lo crescer,

À adolescência chegar,

Passar pela juventude

E seu próprio caminho trilhar.

Quero ter o seu orgulho

E dele também me orgulhar.

Se possível, quero netos

Para embalar e brincar.

E, com o companheiro da mocidade,

Quero junto envelhecer.

Com saúde e felicidade,

Olhar para trás e dizer:

Como foi bonita a vida

Que construí com você.

Criado em: janeiro de 2020

Em comemoração ao ano dos meus 40.

Adriane dos Santos
Enviado por Adriane dos Santos em 27/02/2020
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T6875796
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