As coisas lindas do ontem
Veio então o silêncio, um carinho leve.
Na face permeada de sono e sonho.
Um pequeno passarinho voando
Em frente a meu terno olhar de menino
Que busca um sorriso singelo e simples.
As palavras estão regimentadas
Naquela pedra defronte ao mar bravio:
Pequeno consolo de herói sem mácula
Que vence os errantes inimigos da pátria.
E eu pequeno brincando com meus fantasmas
Nas hastes rupestres do ontem no campo vil,
Onde uma vez se plantaram alimentos
E germinaram solidões e mortes e guerras.
A arte da escrita, idílica, fina, bonita.
Declamada por poetas dândis e esquecidos,
Que tiraram de suas mentes libertas
Algo se torna impossível: uma vida de verdade.
Queria olhar para o futuro alvejante
E saber que os homens desse mundo
Se tornassem mais manso, mais humilde.
A inteligência esta sendo devastada pela negação
Do bem ao próximo.
Aquela poesia perfeita e explodida do coração
Que se tornara música canto melodia e canção
Não faz mais sentido aos seres nascidos neste hoje.
Mas faz sentido fiel e perfeito a aquela criança
Que dedilha no piano uma música tão bonita
Que faz chorar os homens de boa vontade.
Dedico meus versos ao tempo do ontem
Dos anos atrás que faziam encantamento
Que habitavam nesta terra criaturas magníficas
Que escreviam obras primas para a eternidade
A nossa sublime eternidade da arte da beleza.