As coisas lindas do ontem

Veio então o silêncio, um carinho leve.

Na face permeada de sono e sonho.

Um pequeno passarinho voando

Em frente a meu terno olhar de menino

Que busca um sorriso singelo e simples.

As palavras estão regimentadas

Naquela pedra defronte ao mar bravio:

Pequeno consolo de herói sem mácula

Que vence os errantes inimigos da pátria.

E eu pequeno brincando com meus fantasmas

Nas hastes rupestres do ontem no campo vil,

Onde uma vez se plantaram alimentos

E germinaram solidões e mortes e guerras.

A arte da escrita, idílica, fina, bonita.

Declamada por poetas dândis e esquecidos,

Que tiraram de suas mentes libertas

Algo se torna impossível: uma vida de verdade.

Queria olhar para o futuro alvejante

E saber que os homens desse mundo

Se tornassem mais manso, mais humilde.

A inteligência esta sendo devastada pela negação

Do bem ao próximo.

Aquela poesia perfeita e explodida do coração

Que se tornara música canto melodia e canção

Não faz mais sentido aos seres nascidos neste hoje.

Mas faz sentido fiel e perfeito a aquela criança

Que dedilha no piano uma música tão bonita

Que faz chorar os homens de boa vontade.

Dedico meus versos ao tempo do ontem

Dos anos atrás que faziam encantamento

Que habitavam nesta terra criaturas magníficas

Que escreviam obras primas para a eternidade

A nossa sublime eternidade da arte da beleza.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 27/08/2019
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T6730833
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