OLINDINA, OLINDINA, COMO É LINDO TE VER CRESCER!

Ó plaga parcimoniosa de educação e virtude.

Quantas vezes quis deixar-te!

Todos os passo em direção a um distanciamento de ti fizeram-me os pés raízes indesarraigáveis em teu solo.

Sou-te uma árvore cujos frutos são usufruídos

por aqueles que negam de onde os colheram.

"Malévola ingratidão alheia, por maior que sejas, não tens poder de me coibir frutificar.

Continuarão meus frutos a alimentar essas famintas almas mal-agradecidas."

Não te escolhi por habitat.

Nem me escolheste por morador.

Somos um para o outro injusto fadário.

Fadário, por ter sido um misterioso e inexplicável poder que, não consultando a nossa vontade, nos uniu.

Injusto, por me pagares mal o bem que te dou.

"Estamos condenados um ao outro, enquanto minhas raízes sustentarem meu tronco."

Não sou o único a receber de ti o mal.

São tantos, e tantos, e tantos, e tantos,

que desconfio daqueles que de ti recebem algum bem.

Serão estes seres honestos?!

Talvez seres divinos, incólumes, portanto, de tuas malignidades?!

Seres bem-aventurados, que descobriram o segredo de tua força, ou melhor, de tua fraqueza?

Ou são apenas amigos ou consanguíneos daqueles que te direcionam?

Ah, parcimoniosa plaga, tu tens sido para muitos uma praga!

Fechas teus olhos para alguns, privando-os de água e luz.

A outros, priva-los de cuidado e saúde.

Já mataste tantos! Tantos outros ainda matarás!

Até quando?!

Ornamentas-te de festas e celebrações,

camuflas assim tuas feridas e podridão.

"Como é fácil fazer-se amar

aquele que sabe iludir o objeto de seu amor."

Tu és sábia em iludir!

Como te é fácil fazer-te amada!!

"Olindina, Olindina, como é lindo te ver crescer!!"

Cantam uníssonos aqueles que te amam, isto é, aqueles a quem iludiste.

Maikon Jekson, 14/08/2019

MAIKON JEKSON
Enviado por MAIKON JEKSON em 14/08/2019
Reeditado em 14/08/2019
Código do texto: T6720074
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