MEU QUERIDO CESÁRIO VERDE
Meu querido Cesário Verde, meu poeta,
De eleição. A tua Lisboa dormia…
Nas asas da liberdade crescia,
A tua poesia do grande profeta
Enquanto Lisboa se debruçava(1)
Nas águas berrantes do Tejo
E na festa Branca da vida
te vejo à roda do teu quarto.
O sol se espreguiça na trança
da tua terra Natal.
E tu, grande Poeta,
Lisboa é um livro de pedra
que descia como uma cobra
em bandos de arvoredos.
A tua vida é uma grande obra,
Que nos dás mais esperança.
A poesia que eu te amava
E vem logo de harpejo
Mas não estou farto.
Tu és o meu ideal
que circulas como medra
nestes momentos da lida,
há sempre uma grande mudança;
que são estes segredos.
Que não nos mete medos,
Nestes grandes degredos,
Que são como os penedos.
Poeta imortal, universal,
D’alma grande e secreta,
Tu Cesário Verde
Te comparo ao Pessoa,
Ao Neruda e ao Garcia Marques.
Tu que nunca a ti se perde
A todos os poetas de muito boa
POESIA EM LETRA DE FORMA E GRANDE
E grande mestre como o Torga.
Não falando na Florbela Espanca,
Entre os maiores Camões, Régio e muito mais…
A vida não é uma grande borga
Nisto é que se expande.
Como Mário de Sá Carneiro que nasceu em Camarate. E que veio nos jornais…
Vamos homenagear os poetas com esta banca.
LUIS COSTA
13/08/2003