O homem não para nunca
Porra, 1 de maio
Hoje não vai ter trabalho
Vou tirar esse descanso
Passar a tarde embrazado
Eu sou artista
Amo essa boemia
Combina com a batida
Hoje levanto ao meio dia
Fazendo poesia
Mais que saudades disso
Atrás do muro do Adelaide
Lá aprendi a ser sinistro
Ouvindo no fone alto
Debate sobre a erva
Inspiração da boa
Fazia rima com os colegas
E aquela diretora
Não esqueço de Gessiana
Lembro de uma professora
Que queria levar pra cama
Já é de madrugada
Inspiração não sai de mim
Perdi minha namorada
E ainda sei rimar assim
Porque sou minha própria voz
Pessoas apenas me motivam
Me tornei uma fera feroz
E eles se tornaram temidos
Vou gritar falava vive
Pra zoar, um lula livre
Bolsominion não reprime
Não são maior que Recife !
Cara, eu amo fazer isso
E olha que tô só brincando
Porra, vou morrer cantando
E esses racistas se cagando!