PASSARAM CEM ANOS... SANTOS DUMONT
PASSARAM CEM ANOS... SANTOS DUMONT
Mercêdes Pordeus
O Brasil tem dado ao mundo o gosto profundo
A primazia de conhecer filhos seus oriundos
Que sempre provocando eclosões imperiosas
Registram suas grandes invenções criteriosas
Cem anos! Um centenário não é um dia...
Após receber do seu pai com sabedoria
Sua emancipação e também o bem material
Para Paris partia o sexto filho de um casal.
Santos Dumont do seu pai recebeu uma dádiva
A confiança para desenvolver o que acreditava
Construía os dirigíveis, de trabalhar não cansava.
Culminando com o 14 BIS, seu sonho realizava.
Cem anos! Um centenário não é um dia...
E já faz tanto tempo, decolava e subia.
O seu décimo quarto engenho evoluía
O mais pesado que o ar no alto aparecia.
Assim, nosso incansável herói mineiro.
Tornou-se o Pai da Aviação... Pioneiro!
Os Pássaros do Progresso tomaram outro rumo.
Para a guerra, os céus sobrevoavam, sem prumo.
Para a tristeza de Santos Dumont, nosso benfeitor.
Aquela inesperada proeza seu coração puro corrói
E depressa toda a sua grande esperança se destrói
Depressivo, tirou sua vida minimizando a sua dor.
Passaram-se cem anos, Alberto Santos Dumont.
Vinte e três de outubro de mil novecentos e seis
Na memória do Brasil e alhures ainda permanece
Sua persistência, altivez e heroísmo não fenecem.
Hoje, em Paris, é relembrado ao redor da Torre Eiffel.
O Brasil enaltecido por seu filho, o feito memorável
E ainda eclodem os gritos e aplausos naquele país
Pela inesquecível e célebre ascensão do seu 14 BIS.
Recife 10/11/2006