ORAÇÃO À DEBUTANTE
A um quarto de século da meia idade,
Adentra jovem dama sem temeridade,
Nova fase, o desenrolar da juventude,
Conflitos, revelar-se-ão amiúde.
Em meio à tormenta, tenha em mente,
O tempo tudo cura, não prodigamente,
Sim! Traz bálsamo de forma paulatina,
Nunca se desespere, oh jovem menina!
Numa valsa de festejo ao novo quinquênio,
Nada, saiba, se inova em mero biênio,
Seja forte trajando vestes de mulher!
Pois arrefecer atilada é agora seu mister.
Em eventual amargura, não entoe desdém,
Saberá que na vida há sempre um porém,
Decerto, nunca cessará sua ternura,
Jamais entristeça sua contente figura.
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