HÁ BEIJOS E BEIJOS
“No Dia Mundial do Beijo”
Há por aí beijos e beijos
Que nem lembram ao diabo
Todos eles são desejos
De algo pra levar a cabo.
Há beijos de bem e de mal,
Esbanjados ou frugais,
Sendo de fogo ou de cristal
Quem os dá quer sempre mais.
Ele há beijos inocentes
Produto de convenções,
Há beijos frios e quentes
E de segundas intenções.
Há beijos apaixonados,
Dados de coração louco,
Depende dos resultados
Saberem ou não a pouco.
Há beijos interesseiros
De estilo a cheirar a fixe
Quase sempre pioneiros
Conhecidos por “Peniche”.
Ele há beijos de carinho
Que demonstram afeição
Mas há-os de mau caminho
Que conduzem à traição.
Ele há beijos de respeito
E beijos que são ternura
Mas há-os de mau efeito
Que destilam amargura.
Ele há beijos consentidos
Que são verdade, ou não,
E porque são divertidos
Não passam d´ encenação.
E ele há beijos à revelia
Com mais ou menos estilo
E há-os cheios de azia
Com lágrimas de crocodilo.
Ele há beijos em disputa
E em diferentes opiniões
Que fazem parte da conduta
Da cultura de gerações.
Pois sim, há beijos e beijos
A sério ou em malandrices,
Fazem parte dos festejos
E danças de beijoquices.
Os beijos não têm idade
São para novos e velhos
Com nostalgia ou saudade
E não precisam de conselhos!
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA