Às Mães
Mãe primeira chamou-se Eva.
Nasceu de Deus; o seu artesão.
Foi há muito um nada numa era!
Hoje, importante na nação:
Da família, a sentinela
E o pulsar do coração.
Mãe que se protagoniza na vida
Dando à luz uma criança.
Principia a sua jornada; grande lida
A fio da espada e da aliança.
Cria-se o que ao mundo destina
Com os olhos cheio de esperança.
Em seu caminho não há tropeços
Que a faça cochilar.
Há apenas arremessos
Que concretiza o teu sonhar,
Sonhos que afastam o grande medo
Concluindo seu encorajar.
Mãe existe em cada ato seu.
Não se afasta de sua obrigação
Sempre a frente do que a vida lhe deu;
Ninando com teus olhos a viração
Em cujo olhar está presente Deus
No revelar de teu coração.
Mãe que, às vezes, foge chorando,
Do chorinho do seu filhinho...
Não é porque não esteja amando
Mas, porque não tem um cantinho.
E assim não dá seu filho cantarolando,
Mas apenas o empresta com carinho.
Mas o tempo vai passando, dias sem fins.
Temporal de inverno que arrasa os dias.
No verão, o frio da ausência, nos confins.
O sentimento rompe as alegrias,
Dando ensejo aos dias ruins,
Que rompe a felicidade que escondias.
Mas, tu, MÃE, talhada pelas asas do destino,
Tem por coroa a sensatez e a compaixão.
Traz na face o amor matutino
Que dedilha as cordas do coração.
Dantes pareciam sentidas,
Mas hoje soa a melhor da canção.
Meus versos são bem finitos
Quando penso de uma mãe falar.
Trazem essa coisa do existir
Coisas de seus sentimentos,
Essa vontade de amar, de seu acalento
Coisas do porvir.
Mas não os são o todo de ti exprimido.
Quando poucos saídos, elevo o meu pensar.
Lembro-me daquela que me jogou para o mundo,
Com a perfeição de tuas intenções,
Como posso vê-la eu me sentindo moribundo,
Se ela esbanja emoções?
Às mães deste Brasil
Dedico o meu acalorado abraço.
Saibam que de donde saíram
Tais versos embaraçados,
Tem mais coisas mil,
Mais sentimentos enclausurados.
Parabéns a todas as mamães!