VELHICE
Aos poucos ela vai chegando, se aproximando e de uma maneira sutil passa a tomar conta de tudo, seus abraços aveludados carinhosamente abraca com denodo e não há ninguém capaz ou mostre coragem para impedir seu agir. Pode-se dizer que é uma companheira de todas as horas, e o corpo que ela abraçou não larga por nada deste mundo seja quando em momentos de choro ou quando demonstrando alegria. Caso julguem que descrevo os encantos e carinhos de uma diva enganam-se, tento sim expor com detalhes as complexidades chamada de "VELHICE".
Em sua chegada ela sempre traz dores no ciático e em nossa pobre e usada coluna. Também nos fazem parar por três ou quatro vezes seguidas em uma caminhada contendo um conjunto de dez passos. Quando a pessoa velha começa a apresentar perda de memória e demonstra desorientação, ansiedade, agitação e alucinação os que estão ao lado do idoso logo vão diagnosticando é o "MAL DE ALZHEIMER".
Relatar outros motivos que descrevem o amor que a velhice tem pelas pessoas exigiria um espaço bem maior, mormente quando chega o sentimento do velho passa a ser mais acentuada a cada minuto que se passa a saudade permiti inclusive ver os sinais de nossos passos
nas sendas por onde caminhamos.
Se em um passado não muito distante não se tinha parada agora o estado de velho determina reminiscências que, aliás, sempre acontece em meio a uma sonolência quando no vai e vem de uma cadeira de balanços. Ele perde seu poder de conselheiro, seus conselhos já não servem para o presente afinal ele não sabe mais o que fala... Uma das coisas boas que acontece com o velho é que seus reais sonhos não se pode tirar deles principalmente aqueles em que ele próprio criou e que participou com os filhos pequenos, a mulher amada que a própria velhice a levou. A paciência também pertence ao velho, pois se não fosse como suportar aqueles sábios que estão constantemente ao lado do idoso dizendo: "Esse velho já não come mais direito." "Já não fala coisa com coisa". "Como cheira mal". etc. etc.etc...
Pra concluir temos que reiterar e considerar que a velhice não é tão má assim considerando que com o passar do tempo ela indica para o velho:
Uma bengala e dependendo do estado uma cadeira de rodas. Além disso incute na ideia dos filhos ou das pessoas mais próximas que a coisa mais acertadas para o velho é um asilo. Ali ele teria pessoas de sua idade que podem perfeitamente conversar sobre as coisas de suas idades.
Bem como tudo tem um fim e quando a velhice resolve levar alguém dizem: "Coitado era tão bom". Como uma espécie de retribuição uma das ruas de sua cidade passa a ter seu nome.
Bem...nos frigir dos ovos eu estou muito bem e ainda consigo rodar pelo Brasil inteiro sem a ajuda de ninguém...
Estou feliz....hoje estou completando com a
graça de DEUS 81 anos de vida...e viva a vida!
05-05-2016