São Paulo de Bartira
São Paulo, minha cidade,
não sei se és meu pai,
se és minha mãe.
Só sei que temos o mesmo DNA,
não há como negar.
Por que me deixaste,
ou fui eu quem te deixou?
Sou um distante filho de Bartira,
a índia de Ramalho.
Vem, portanto, me resgatar,
estou chorando de saudades,
mas também tenho medo de ti.
Tenho medo que me vicies,
que me engulas de vez,
em teu ventre fascinante,
belo, envolvente.
Cidade assustadora, insensível,
sussurrando segredos
que não quero ouvir.
Só sei que é um amor insensato,
esse amor que sinto por ti
e que sentes por mim.
João Ramalho e Bartira
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