INDÍGENAS NOS 400 ANOS DE BELÉM
Belém dos sabores,
Terra de senhores,
De riquezas e minerais,
De cultura e de tambores
Das penas e dos maracás.
Nasce em 12 de janeiro de 1616
Das entranhas do Guajará,
E como testemunhas
Os indígenas estavam lá,
Não foi o acaso que os fez
Esse momento presenciar.
Viviam nessas terras
Outra língua não sabiam falar.
Do forte do presépio
Nasceu Belém do Pará,
Marco de grande valia
Hoje é museu para visitar.
Em nome do desenvolvimento
Vejam só a grande mudança.
Aldeias foram destruídas,
Chora o velho e a criança,
A aldeia Caeté, dizimada virou Bragança.
E assim foi se firmando o que hoje é o Pará,
Lembrando a bravura dos valentes Tupinambá,
Dos Aruãs, dos Mura, dos guerreiros Mapuá.
Que viveram por essas terras onde Breves foi se formar.
Os povos do Marajó ceramistas de valor
Donos de uma cultura sofisticada dita pelo “descobridor”,
Faziam belos vasos com delicadeza e amor,
O “branco” sem entender se assustava com seu primor.
Dessa conquista até hoje,
Lá se vão 400 anos,
Belém do Ver-o-peso,
O peso de tantos sonhos.
Belém do Guamá,
Das praias de rio e mar,
Dos povos que resistiram
E viveram para mostrar
A resistência e a persistência
Do ser indígena que miscigenou esse lugar.
E vivendo em aldeia ou cidade,
Temos parte na tua formação,
Viemos em tua festa mostrar que somos nação,
A força de ser indígena está na União.
400 anos! Anawê a tua formação!