Insistência

Esperei caminhos se abrirem

dobradiças beberem bastante óleo

brasas queimarem minha garganta

e de sede, quase morrer, pela poesia.

Esperei o instante

em que pesados elos rompessem

e me alforriassem de vez

pra penetrar bem fundo

cá em meu coração

e semear

encher cântaros

beber da fonte cristalina.

Terminou o estio

e aqui estou

com olhos secos de tanto INSISTIR!

Arana do cerrado
Enviado por Arana do cerrado em 03/01/2016
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