Para Sempre Enamorados
As bocas...
Já não encontram mais palavras
E como cegas, procuram tatear,
Com lábios macios,
Formas estasiadas de se entregar.
As mãos...
Cálidas e lépidas,
Digitam mensagens,
Transmitindo afagos
Frêmulos e trêmulos,
Na loucura de sufocar
Qualquer distância...
Toda ânsia
Que ignore a passagem
Do tempo.
Os olhos...
Cintilam sóis do meio dia,
Bordando lágrimas de estrelas
No estar contente,
E na carne, os dentes...
Para cravar e gravar
Os sabores
De nunca mais esquecer.
Os corações...
Explodem no calor
E na certeza de nunca mais
Se deixarem...
Já não são mais os mesmos;
Borboletas errantes
Que num vôo de anjos,
Eliminam abismos
Das diferenças correntes,
Na liberdade de darem-se
Livremente.
Um ao outro...
Jura-se a vida de um momento,
Eternamente instante,
Desejando,
Até o último sopro de vida,
Serem em si um do outro,
Infinita alegria...
Corações que se completam enlaçados,
Crescendo na alegria e na tristeza...
Para sempre enamorados.
Opus Lumem Sewaybricker
12/06/07