Duetando em Tom de Bahia
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Duetando em Tom de Bahia
Que fluam, suaves, as inspirações.
Que os versos venham,
como velas que se vão...
Deixando saudade,
causando profunda emoção.
Velas, mar de seduções.
Cais abertos, porão das derivações salinas.
Não tenho bússola, navego por inspiração.
Em velas suadas que transbordam solidão.
Náufrago de mim, sem o teu abraço,
nunca morrerei contemplando o horizonte...
Navego num mar revolto, deserto e desertor.
Deserto por não ter, ao certo, o teu amor.
E desertor da salivação inconsistente do teu hálito.
Sou filigrana e minudência de falso ator...
Diante de imenso Sol que me torna pálido.
Inspirações encobertas, descobertas marítimas.
Salinas, suores e sangue - rastos e restos e furor.
Que navegam em mares de amores sem fim.
Sais e sóis que se misturam nos lençóis do amor.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 13 de setembro de 2015.
18h45min
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