Dia dos Namorados

Dizem que o poeta somente o amor imagina

E que cantar às musas é a sua sina;

Dizem que o poeta é aquele do declarado

Ver sem jamais ter visto,

E do sentir sem jamais ter experimentado...

Mas nessa ilusão eu não insisto!...

Sou poeta, me dizem, e se assim for,

Canto decerto às musas, e ao amor...

Mas canto, sabendo que a minha lira

De versos, em acordes sobe ao Parnaso,

Mas, também, rios de emoção do meu sangue tira,

Fazendo vibrar cada veia, artéria e vaso!

Assim, pois, neste Dia dos Namorados,

Não canto ilusões em odes apaixonados

Para a minha namorada. Canto que, sem prazo

De vencimento para a minha paixão,

Ela é a musa que deixou de ser Deusa no Parnaso

Para entronizar-se dentro do meu coração!...

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 12/06/2007
Reeditado em 09/06/2009
Código do texto: T524371
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