Piedade, Mãe.

Um choro, um grito de socorro

Vozes desconhecidas me amedrontam

Um suspiro ao longe reconheço,

O alívio de uma jornada inicial.

O frio do novo mundo agora é quente

Junto a pele, a carne macia...

Uma nova proteção noite e dia.

O afago, o primeiro sorriso

É o que para a longa caminhada

Preciso.

Lágrimas serão enxutas e transformadas

Em ensinamentos, já é hora de aprender

A cair e se levantar... Não tenhas medo,

Estarei sempre aqui para te ajudar.

Absorvo essa informação como um escudo

Eterno, magnifico, terno materno.

Aprimoramentos e contentamentos se misturam

No percurso da Vida.

Entretanto só as Mães tem a sabedoria

De entender que entre a Luz e a Escuridão

Existe a misericórdia... O Amor.

Incondicional sentimento que vamos

Entendendo com o passar dos minutos e horas.

Ontem o vazio, hoje a colheita do fruto

Maduro... Novas sementes, a prosperidade.

Renova-se a prole, agora de dois corações

Resiste bravamente novas gerações.

Toda Mãe tem a grandeza de transformar

O nada em tudo... A Piedade Divina, fez da

Piedade menina, mulher, esposa, filha e Mãe.

Fernando Matos (seu filho)

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 09/05/2015
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