Mãe

Com uma ternura no olhar, Ele logo perguntou:
___ O que desejas para nascer?
Respondi com convicção:
___ Que eu seja amado.

Sem dúvidas, Ele, que tudo sabe
fez dormir o primo homem.
Retirou-lhe uma costela...
e criou a mais bela criatura.

Olhou-me novamente nos olhos
e disse surrurando como se fosse segredo:
___ Só sairás do meu coração paterno
se passares pelo ventre da mulher.

Mesmo com dúvidas, não exitei em responder,
afinal, se Ele me conduz ao ventre
é porque deseja me gerar...
e se a mulher, Sua criatura,
da costela fez brotar...
não há química mais perfeita
para a vida germinar.

E ali ele me colocou... por nove meses.
Quando chegou a hora,
relutei para ficar,
no ventre aconchegante a me embalar.

Novamente Sua voz susurrou...
___ Venha à luz para contemplar!
E não tive visão mais bela
desde o dia que compreendi o dom de amar.

Então questionei a Sua criação:
___ Que sublime nome devo usar?
Ele sabiamente respondeu:
___ Chame-a de MÃE... ela se contentará.

Foi assim que a conheci e assim a quero lembrar.
Minha mãe, doce Mãe... eterna obra a desvelar.
Homenagem a uma grande mulher... minha mãe Maria.
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 08/05/2015
Reeditado em 08/05/2015
Código do texto: T5235517
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.