Ouro Negro
No campo a perder de vista
Matizados em cores
Onde predomina o branco
Tal qual as nuvens;
É a florada do cafezal
Aromas em biomas
Numa beleza sem igual
Confunde-se com o natal
Em sua alva relva
Em flores que cobrem o campo
O solo, o colo do colhedor
Após o banquete dos polinizadores
Virá o fruto, que em sua metamorfose
Se pintará de muitas cores
Até transformar-se no ouro negro;
Como nas mãos do oleiro
As sementes serão quebradas, trituradas
Ao limite do pó, e ganhará o mundo
Feito gira mundo, ouvirá o despertar do galo
O vai e vem dos automóveis
Estará em todas as mesas, da grande massa à realeza
Servido em copos simples, ou em finíssima porcelana
Permeia todos os campos pouco importa onde é
Pois em todos estará presente
um saboroso CAFÉ!