Aniversário

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Dezenove meses.

Desespero, decepções?

Desarmonia, desrespeito?

Não, nada disso!

Dezenas de desesperados beijos,

sem regurgitações;

dezenas de harmoniosas fantasias,

desrespeitando regras.

Não completamos meses de convivência.

Estamos juntos faz séculos!

Não buscamos o convencional demais...

O que temos se traduz em filigranas,

contradizendo e se contrapondo a tudo.

Somos a seiva caudal da insanidade;

o sonho humano do incorpóreo tato.

Por favor, doutora!

Diga dezenove...

Dez e nove.

Dez beijos, nove mordidas.

Dez dedos, dois sexos.

Junte tudo e se deite.

Meu deleite está no olfato,

divergente contato

de estar de ponta-cabeça.

Iguatu-CE, 13 de fevereiro de 2015.

00h31min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 13/02/2015
Reeditado em 13/02/2015
Código do texto: T5135622
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