VIVA A CONSCIÊNCIA HUMANA!
Obs.: Eu fiz este poema e o comentário que o segue no dia 20 de novembro de 2013. Há um ano, pois. Hoje, eu publico novamente esta obra.
Não perguntem qual é a cor
Que tem a minha consciência
Na minha alma só tem amor
E a necessária inteligência
A minha consciência não é negra
A minha consciência não é branca
O meu pensamento não é grego
Nem é contra a fé islâmica
O orgulho certo não é o gay
Nem o heterossexual
Devemos ir além da lei
E daquilo que é normal
Todos nós somos iguais
Apesar das diferenças
Somos seres racionais
E não as nossas divergências
Somos todos seres humanos
Dotados de inteligência
Felicidade todos buscamos
Viva a nossa consciência!
Por que devemos classificar
Obedecendo a frágeis padrões?
Não devemos nos separar
Eliminemos as divisões!
Mas a sociedade que todos temos
Pensa pouco espiritualmente
Pouco analisa o que fazemos
Não age bem racionalmente
E se uma branca consciência
Fizesse comemoração
Exaltando a sua inteligência
Com uma grande multidão?
E se os heterossexuais
Comemorassem anualmente
Suas qualidades sexuais
O que diria muita gente?
Em toda sólida democracia
As diferenças são celebradas
Isso é ter cidadania
Com as pessoas respeitadas
Mas cada ser é diferente
Ninguém a outro é igual
O que devemos é ser gente
Ser diverso é natural
A cor da pele não me define
O que eu sou é ser humano
Estereótipo não me reprime
Meu pensamento é soberano
Eu não sou a minha cor
Nem a minha qualidade sexual
Eu sou filho do Amor
Não procuro ser normal
Não me coloquem num subgrupo
Não gosto de proselitismo
Por dignidade sempre luto
Eu não faço partidarismo
Sou da raça que é humana
Nisso aos outros sou igual
A terra é a nossa eterna cama
Eis um fato fundamental
Sou a favor de todo grupo
Que luta por dignidade
Por dignidade eu também luto
Desde a minha tenra idade
Não defendo individualismo
É coletiva a cidadania
Mas não entro em proselitismo
A verdade é o meu guia
Celebremos as diferenças!
Mas também a igualdade!
Superemos as divergências!
Vivamos em fraternidade!
Devemos lutar para que todos possam se reconhecer iguais e diferentes ao mesmo tempo. É uma limitação humana, penso eu, querer viver apenas de acordo com os valores de uma determinada cultura. Todas as culturas são aspectos da mesma raça, que é a raça humana. Esse conceito de raça, antropologicamente, é até objeto de polêmica.
No poema acima, eu convido as pessoas a evitarem os estereótipos, os rótulos. Exemplifico: quando chamamos alguém de negro ou preto, estamos dizendo, mesmo que não seja a nossa intenção, que essa pessoa é a sua cor. Lembremo-nos de que somos indefiníveis.